quarta-feira, 19 de junho de 2013

O novo grito da Independência!


O último pingo d"água que faltava no copo foi completado
Por todos os lados, o grito preso no peito e na garganta,
Vai aos poucos sufocando, maltratando, humilhando, e desesperado
Esse grito acaba por tomar forma e se agiganta,

O turbilhão  vai eclodindo em todos seguimentos sociais
O grito "de basta" é anunciado, todos clamam por liberdade,
Nos bares, nas esquinas, nos lares, nas escolas e nas vias principais
Liberdade de ir, sair, sorrir, amar, sonhar, ser brasileiro de verdade,
Sem medo de ser castrado, ignorado, alvejado, esquartejado, deportado,
E assim, a palavra viva é lançada para todo principado

Quando muitos postularam o fim da Educação,
Movimentos Jovens de todo Brasil, vai somando a multidão,
Novamente os cara pintadas, as vestes brancas, renascem.
Um povo sofredor que já não aguenta mais as esmolas, as sobras...
Dos grandes nomes da mídia que eleitos pelo povo,
Tentaram nos enganar e escravizar-nos de novo.

Não, não e não essa corrente não vai acabar,
Enquanto fomos representados pelos jovens
Haverá sempre uma esperança no ar,
Pois um novo grito acaba de ecoar.

Muda Brasil!

                                       Professora:  Zilda




segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Minhas Primeiras Memórias"

Aprendemos a moldar nossa fala as formas do gênero. “Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo de fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível.” (BAKHTIN, 1979). Divangando em meus pensamentos pude relembrar fatos marcantes de minha vida como principiante da leitura e escrita que ocorreu por volta dos oito anos de idade ( iniciei os estudos muito tarde devido a falta de escolas na região onde morávamos, em 1968, Nuporanga- Estado de São Paulo), mas mesmo antes de pegar meu primeiro livro nas mãos e apaixonar-me por ele, minha minha mãe já praticava a leitura por meio de histórias para dormir e a escrita por meio de rascunhos do alfabeto em folhas de papel de "bengala", eu amava aquilo e fascinava-me o mundo da leitura e escrita. Ao ingressar no antigo curso primário, minha professora Dona Anna Cecília, primeira mestra, ensinou-me a compor palavras e quando dei por mim estava lendo e escrevendo o meu nome, foi muito emocionante recordo-me. Depois o contato com a cartilha "Caminho Suave" foi algo muito marcante na minha vida nessa fase pois eu ficava horas e horas com aquele livro nas mãos e procurava sempre ir além da lições propostas pela mestra em sala de aula e quando eu era chamada para a leitura já estava bem preparada e lia com prazer. Outros livros foram apresentados a mim no curso ginasial por volta da quinta série, mas esse foi o que mais marcou minha vida e deu início ao prazer pela leitura e assim abriu caminho para a escrita. Quando tinha quinze anos já havia escrito meu primeiro livro de memórias que ainda tenho guardado comigo (a sete chaves). Voltando a intodução de meu depoimento, estive em contato com diversos textos e contextos no ambiente escolar por conta de acompanhar minha mãe em seu trabalho (escola), ficava esperando por ela e nesse intervalo eu lia, lia tudo o que tivesse ao meus dispor e dessa forma fui me tornando amante das letras e na observação dos trabalhos pedagógicos da professora Leda Nogueira Fagundes, minha fonte de inspiração para a docência, tornei-me professora e como professora descobri que foi a coisa mais maravilhosa que poderia me acontecer profissionalmente e hoje aos vinte e oito anos de magistério continuo apaixonada e amante da interação verbal, do saber falar, da leitura que enaltece a alma, que acalma o coração, que alegra a vida e dá formas ao pensamento, que liberta, que salva, que cura, que produz a boa energia, que supera todos os obstáculos, enfim ler e escrever nos faz sentir operante e ativos no mundo em que vivemos.

Zilda Aparecida Da Silva Guerrero

Links Sobre A Ciência do Beijo

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-ciencia-do-beijo
Acesso em 18/06/2013

http://jorgequixabeira.ucoz.com/news/conheca_os_varios_tipos_de_beijos_e_seus_significados/2011-01-26-2229

Acesso em 18/06/2013

Meu Primeiro Beijo!

Antonio Barreto
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem 
com quem? Com o Cultura  Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos 
exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e 
morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos 
seus milhares de bilhetinhos:
"Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou 
com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de 
mulher...  E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber 
que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, 
veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias 
e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto.  -  Aí ele tomou coragem e pegou 
na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
-  A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 
0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo 
menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os 
meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem 
os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso 
aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, 
fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro 
de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns 
segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, 
o abismo do primeiro beijo. 
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos 
apaixonados por várias  semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o 
tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e 
foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo.  Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 
1977. p. 134-6.
Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430

Um pouco mais de Clarice Lispector








Acesso em 1/06/2013

domingo, 16 de junho de 2013

UM POUCO DE CLARICE PRA RECORDAR!


                                       O PRIMEIRO BEIJO

 Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara- se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? Perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto?
Tentou por instantes, mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez  minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e porque, mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,  penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede,  mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra,  antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que  era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se  de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que  a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra.
A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
[...]
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e  tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.
[...]
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.

(Clarice Lispector. O primeiro beijo. São Paulo: Ática, 1989. p. 20-2.)


http://www.portaleducarbrasil.com.br/Userfiles/P0001/File/O%20primeiro%20beijo%20-%20Clarice%20Lispector.pdf  Acesso em 17-06-2013 às 03h /04min

O dia do Beijo!

Fonte You Tube
Acesso em 17/06/13

Os Melhores Beijos do Mundo

                                       http://www.youtube.com/watch?v=ZQ4GkUdCVJw

                                                       Acesso em 17-6-2013

Clipes de filmes romanticos Cenas de Beijos


Fonte: You tube
Acesso em 17-06-2013

Os beijos cantados em frases e versos.


Fonte:
http://www.youtube.com/watch?v=GOojs3HIUCc

Acesso em 17-06-13

Cenas de Melhores Beijos no mundo


                                                Fonte: You Tube
                                               Acesso em 17-06-13

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Um pouco da pessoa de Pessoa"!

                               
              
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Fernando PessoaFonte:http://pensador.uol.com.br/frase/MjY2MjYw/ acesso em 15/06/2013

Obrigada pela visita!

Este Blog foi construido com a finalidade de formar "Equipes de Estudos e Aprendizagens in Continuum" diversas por meio da interação, ação, criatividade na construção de atividades pedagógicas que possam auxiliar professores, alunos e demais visitantes para uma melhor compreensão de suas necessidades de pesquisa em prol da aquisição dos múltiplos letramentos e formação critica dos leitores.
Entrem, leiam, questionem, auxiliem, participem oferecendo suas sugestões e contribuam para tornar esse Blog um espaço de muita "Arte Imagem e Interação"! 
Um forte Abraço,
Beijos no coração!
A autora.