"Arte Imagem Interação e Educação"
domingo, 5 de abril de 2015
quarta-feira, 19 de junho de 2013
O novo grito da Independência!
O último pingo d"água que faltava no copo foi completado
Por todos os lados, o grito preso no peito e na garganta,
Vai aos poucos sufocando, maltratando, humilhando, e desesperado
Esse grito acaba por tomar forma e se agiganta,
O turbilhão vai eclodindo em todos seguimentos sociais
O grito "de basta" é anunciado, todos clamam por liberdade,
Nos bares, nas esquinas, nos lares, nas escolas e nas vias principais
Liberdade de ir, sair, sorrir, amar, sonhar, ser brasileiro de verdade,
Sem medo de ser castrado, ignorado, alvejado, esquartejado, deportado,
E assim, a palavra viva é lançada para todo principado
Quando muitos postularam o fim da Educação,
Movimentos Jovens de todo Brasil, vai somando a multidão,
Novamente os cara pintadas, as vestes brancas, renascem.
Um povo sofredor que já não aguenta mais as esmolas, as sobras...
Dos grandes nomes da mídia que eleitos pelo povo,
Tentaram nos enganar e escravizar-nos de novo.
Não, não e não essa corrente não vai acabar,
Enquanto fomos representados pelos jovens
Haverá sempre uma esperança no ar,
Pois um novo grito acaba de ecoar.
Muda Brasil!
Professora: Zilda
terça-feira, 18 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
"Minhas Primeiras Memórias"
Aprendemos a moldar nossa fala as formas do gênero. “Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo de fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível.” (BAKHTIN, 1979). Divangando em meus pensamentos pude relembrar fatos marcantes de minha vida como principiante da leitura e escrita que ocorreu por volta dos oito anos de idade ( iniciei os estudos muito tarde devido a falta de escolas na região onde morávamos, em 1968, Nuporanga- Estado de São Paulo), mas mesmo antes de pegar meu primeiro livro nas mãos e apaixonar-me por ele, minha minha mãe já praticava a leitura por meio de histórias para dormir e a escrita por meio de rascunhos do alfabeto em folhas de papel de "bengala", eu amava aquilo e fascinava-me o mundo da leitura e escrita. Ao ingressar no antigo curso primário, minha professora Dona Anna Cecília, primeira mestra, ensinou-me a compor palavras e quando dei por mim estava lendo e escrevendo o meu nome, foi muito emocionante recordo-me. Depois o contato com a cartilha "Caminho Suave" foi algo muito marcante na minha vida nessa fase pois eu ficava horas e horas com aquele livro nas mãos e procurava sempre ir além da lições propostas pela mestra em sala de aula e quando eu era chamada para a leitura já estava bem preparada e lia com prazer. Outros livros foram apresentados a mim no curso ginasial por volta da quinta série, mas esse foi o que mais marcou minha vida e deu início ao prazer pela leitura e assim abriu caminho para a escrita. Quando tinha quinze anos já havia escrito meu primeiro livro de memórias que ainda tenho guardado comigo (a sete chaves). Voltando a intodução de meu depoimento, estive em contato com diversos textos e contextos no ambiente escolar por conta de acompanhar minha mãe em seu trabalho (escola), ficava esperando por ela e nesse intervalo eu lia, lia tudo o que tivesse ao meus dispor e dessa forma fui me tornando amante das letras e na observação dos trabalhos pedagógicos da professora Leda Nogueira Fagundes, minha fonte de inspiração para a docência, tornei-me professora e como professora descobri que foi a coisa mais maravilhosa que poderia me acontecer profissionalmente e hoje aos vinte e oito anos de magistério continuo apaixonada e amante da interação verbal, do saber falar, da leitura que enaltece a alma, que acalma o coração, que alegra a vida e dá formas ao pensamento, que liberta, que salva, que cura, que produz a boa energia, que supera todos os obstáculos, enfim ler e escrever nos faz sentir operante e ativos no mundo em que vivemos.
Zilda Aparecida Da Silva Guerrero
Zilda Aparecida Da Silva Guerrero
Meu Primeiro Beijo!
Antonio Barreto
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem
com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos
exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e
morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos
seus milhares de bilhetinhos:
"Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou
com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de
mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber
que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus,
veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias
e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou
na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina;
0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo
menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os
meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem
os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso
aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz,
fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro
de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns
segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos,
o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos
apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o
tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e
foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD,
1977. p. 134-6.
Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430
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